Em 2014, encontrei Ana Merege em uma das Odisseias de Literatura Fantástica, organizada por um grupo muito ativo de Literatura Fantástica, em Porto Alegre. Conversamos sobre a possibilidade de eu participar de uma coletânea de contos, convite que foi oficializado posteriormente, via e-mail. Logo de início fiquei entusiasmada, porque era a oportunidade de escrever uma história baseada em um dos jogos virtuais que tomava meu tempo na época, o “NetStorm”. E de saída, também, eu já sabia que iria escrever sobre um dos níveis que eu mais gostava e ao qual voltava, de vez em quando, para jogar e imaginar o drama do sacerdote preso na pira de sacrifício, esperando para ver qual seria o seu destino.
Colocar isso no papel, como sempre, foi muito mais difícil do que parecia à primeira vista. Sobretudo, porque a medida em que eu ia escrevendo, fui me dando conta de que aquele era mais do que um simples conto. Era – e continua sendo – o embrião para uma narrativa mais longa. Então, o que eu precisava, mais do que nada, era me conter e ser o mais enxuta possível, para não extrapolar o limite de páginas, sem atropelar tudo o que tinha imaginado. Além do mais, o conto tem duas vozes narrativas: a do narrador impessoal e o da protagonista, que conta uma parte da história em primeira pessoa, o que vai na contramão de muita teoria literária. Mas, enfim, fazer Literatura é desafiar continuamente as teorias.
“O Jogo dos Gêmeos” é um texto de que gosto bastante. Foi divertido escrevê-lo, e é divertido reler. E, o melhor de tudo: como atualmente meu computador não aceita mais a plataforma do jogo, foi bom tê-lo feito, porque é uma maneira de ter consolidado o episódio de que tanto gostava.
É uma alegria vê-lo publicado, e só posso agradecer à Ana e à editora Draco pela oportunidade. Muito obrigada!
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1 Comment
Esse conto é maravilhoso! Fiquei feliz em saber que ele faz parte de uma narrativa mais longa. (Foi exatamente o que eu desejei ao terminar de lê-lo).
Ficarei aguardando ansiosamente pelo livro! ?