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Trabalho bem feito, público interessado

Antes de pensar em vender milhares ou milhões de livros, o escritor precisa trabalhar a sua marca com identidade e exclusividade.

Muitos autores, principalmente os iniciantes, acreditam que uma boa história basta para o sucesso. De fato, um livro cativante, #fodástico, é essencial e representa a maior parte do projeto.

Entretanto, para ele se tornar um best-seller, há passos importantes a serem tomados.

Vamos falar um pouco de divulgação e marketing.

Imagine uma espiral que vai crescendo do centro para fora. Em geral, esse é o padrão de divulgação de um produto, principalmente se você não for uma celebridade internacional – rsrs –, nem tiver muita verba disponível para investir em publicidade.

espiral

Primeiro começamos com os nossos círculos de conhecidos e aos poucos vamos expandindo a visibilidade. É um trabalho de conta gotas.

Mas não se desespere! A internet e as redes sociais ajudaram a equilibrar um pouco o jogo e mesmo os reles mortais têm a oportunidade de se destacar.

Para isso é preciso trabalhar duro, com foco, e analisar as oportunidades de mercado.

Veja: todos os profissionais dependem de duas bases para desenvolver o seu trabalho, o conhecimento e as habilidades.

Não basta saber muito se não conseguir transformar isso em ações. Tampouco adianta ter inúmeras habilidades sem o mínimo de embasamento informacional.

Marca reconhecida e aprovada

Pensemos no nosso nome como a nossa marca e nos nossos livros como produtos exclusivos da nossa grife. Aposto que você já comprou livros só porque eram de determinado autor, certo?

E essa é a estratégia das corporações: transformar suas marcas em padrão de qualidade, inovação, segurança etc.

Basta pensar em gigantes como Apple, Google, 3M…

Assim, o primeiro passo é solidificar a nossa marca, criando uma boa percepção de valor e uma identidade clara e concisa.

A pessoa que vir o seu livro, o seu conto, a sua novela já deve ter em mente a ideia de “selo de qualidade”. Só assim ela vai comprar “sem susto”.

Escrevi, mas quem me lê?

O segundo passo é conhecer o público em potencial. Para isso, deve-se entender com clareza a quem a obra se destina.

Vou usar como exemplo a minha Série Tempos de Sangue:

  1. É ficção histórica medieval.
  2. É focada no público adulto.
  3. Interessa para quem gosta dos temas: sobrenatural, vampiros, deuses e imersão nos séculos X à XIII.

Com essas três informações-base já é possível afunilar meus targets e preparar divulgações e interações efetivas, personalizadas, contatando formadores de opinião, blogs, jornalistas, parceiros etc. que tenham um pé – ou os dois, nessas temáticas.

E desse filtro surge o tão falado público-alvo, a parcela dos leitores que realmente nos interessa.

Lógico que quanto maior for o detalhamento, melhor será a precisão. Mas cuidado: não podemos ficar cegos para o que acontece fora desse foco, pois podemos deixar boas oportunidades escapar. Exemplo: meus livros já venderam bem em eventos de Anime, algo não previsto no escopo inicial!

E exatamente as oportunidades são o terceiro passo da nossa jornada.

Estamos na Era da Informação (ou do excesso de informação), portanto não há desculpa para os escritores não serem antenados e não ficarem atentos ao que ocorre no seu microcosmo (amigos, editora, escritores conhecidos, blogs) e no macrocosmo (meio literário nacional e internacional, outras mídias, tendências etc.)

A isso damos o nome de inteligência competitiva, que pode ser definida como analisar toda a gama de conteúdos e interações que chegam até nós para com isso desenvolver planejamentos e estratégias de atuação.

Muito trabalho? E quem disse que seria fácil?

Lembre-se: o seu único concorrente é você mesmo! E o sucesso ou o fracasso, depende da vontade de buscar a evolução profissional.

O nosso mercado é altamente dinâmico e nós precisamos acompanhar o ritmo. Às vezes, até acelerar mais que o mercado a fim de conquistar a vanguarda e as melhores fatias do bolo.

E essa batalha é diária, árdua, mas muito gratificante quando conquistamos os resultados, por menores que sejam.

Vamos juntos nessa jornada?

Até mais!

0 Comments

  1. Nilton Braga disse:

    Muito bom!

  2. Maickson disse:

    Ótima postagem. Esclarecedora e inteligente =)

    Adorei.

  3. Adecio Chaves disse:

    Realmente um trabalho muito árduo, mas quem disso que só por isso é ruim, afinal nada que conseguimos facilmente damos valor. novamente outro texto muito esclarecedor, o qual ajudara e muito autores iniciantes.

  4. Tiago Haubert disse:

    Ótimo texto!

    Obrigado pelas dicas.

    http://www.aspiranteaescritor.com.br