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Boy’s Love: Escrevendo “Alma Mecânica”, Ágatha Yukari

Eu sempre considerei a humanidade injusta. Posso enumerar aqui milhares de motivos, mas o que mais me chateia é a falta de gratidão. A morte não é boa ou má, ela é simplesmente a morte. Não entendo porque as pessoas acham que quem dá a vida é boa só por fazer isso. É só o nosso trabalho. Quando eu deixo de levar a alma de alguém que está com um pé na cova, ninguém nunca diz “Obrigada morte, por não me levar”. E ainda recebo uma bela bronca do meu chefe. Totalmente injusto.

 

Foi por um motivo simples como gratidão que me vi encarando os olhos cinzentos que lacrimejavam, e percebi que faltava algo naquele garoto. Nunca imaginaria que para descobrir o que era esse algo, observá-lo no seu cotidiano viraria um costume.

Arte por Tanko Chan

O conto acabou surgindo enquanto eu escrevia vários minicontos que seriam “relatos de histórias observadas pela dona morte”. Em um surto de ideias, decidi que o papel de coletar almas seria um trabalho para mais de um ser, como um emprego. Escolhi então um personagem específico para narrar sua experiência em um mundo de alta tecnologia, encarando dúvidas e sentimentos que ele acreditava serem impossíveis para sua raça.

Sempre fui fã de ficção científica, mas todo o exagero tecnológico criado em volta da ficção era uma fantasia dramática demais para mim. Então pensei em criar um mundo um pouco mais realista, sem os carros voadores ou viagens espaciais, onde a inteligência artificial estivesse dando seus primeiros passos. E com isso, por que o mundo espiritual também não passaria por mudanças?

No começo achei essa minha junção meio louca e sem sentido, mas comecei a gostar cada vez mais da ideia e por fim o enredo se formou. Foi muito difícil adaptar toda a trama em um conto, pois minha intenção era de criar algo muito mais longo e complexo. Precisei então deixar a narração mais pessoal e cortar explicações muito óbvias, mas a escrita acabou saindo de forma muito mais fácil e gostosa do que imaginei.

A interação entre os personagens fluiu naturalmente, o que me deixou com uma sensação de “fofura” enquanto escrevia. Como também escolhi alguns temas pra filosofar e me divertir. Espero que mais pessoas apreciem este conto.

boys_love

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0 Comments

  1. Tanko Chan disse:

    O charme do conto é realmente como a Ágatha trabalha a colisão entre o sobrenatural e um cenário cyberpunk! Fiquei surpresa em ver shinigamis nesse contexto quase Blade Runner, então acredito que os fãs do assunto vão curtir tanto quanto eu!