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Athelgard nos livros e nos #ContosdoDragão: por onde começar? Por Ana Lúcia Merege

Lendo os comentários numa resenha de “Um Estranho Equinócio”, dei-me conta de que vários leitores ficam em dúvida sobre qual conto devem ler primeiro, ou mesmo se ler algum deles antes de “O Castelo das Águias” pode estragar as surpresas do livro.

Na verdade, é possível começar por qualquer conto. No blog oficial da série há muitos, alguns contando histórias bem anteriores à narrada em “O Castelo das Águias” (dá até para saber como os avós da Anna se conheceram!) e outros focados em mestres da Escola de Artes Mágicas que não a Anna ou o Kieran. Deixo aos visitantes a tarefa de ordená-los (ou não) ao longo de seus passeios pelas terras de Athelgard e passo a comentar aqueles que foram além do blog.

Sim, porque os contos publicados na série “Contos do Dragão” vão um pouco além, e isso em mais de um sentido. Eles não apenas contam as histórias ocorridas nas “entrelinhas” como também esclarecem alguns pontos que podem ter sido apenas mencionados de passagem. Um exemplo do que estou falando é “Saga de Thorold” – lá encontramos muitas informações interessantes para quem lê “O Castelo das Águias” e, principalmente, “A Ilha dos Ossos”, o que ajuda o leitor a compreender melhor o universo e os personagens que encontra nos livros.

De qualquer forma, embora a ordem de leitura não seja estrita, decidi estabelecer uma cronologia dos livros e contos publicados na coleção de e-books da Draco até agora, desde o que se passa em tempos mais remotos até o mais recente, o livro “A Ilha dos Ossos”. Isso irá situar o leitor em relação ao tempo, aos personagens e aos variados cenários de Athelgard – e, espero, deixá-lo com vontade de ler, senão todas, ao menos algumas dessas histórias. Vamos lá?

A Voz do Sangue – Ambientada na cidade de Brandannen, no Oeste, esta história tem como tema central a maldição da família Vannovich, famosa por ter vampiros entre seus membros. Passa-se cerca de 80 anos antes de “O Castelo das Águias”, onde um dos Vannovich faz sua aparição; o castelo maldito é visitado por alguns personagens de “A Ilha dos Ossos”. Que tal, para começar?

O Anel do Escorpião – O conto é narrado por Mael, mestre de Kieran, em seu leito de morte. Explica como ele conseguiu o anel poderoso que protegeu Anna em “O Castelo das Águias” e levanta alguns pontos sobre os mistérios da ilha oculta entre brumas no mar interior de Athelgard.

A Encruzilhada – Neste livro, Kieran tem 13 anos e começa a desenvolver o Dom da Magia. Seu poder – e a capacidade de usá-lo contra quem lhe faz mal – o leva a uma importante escolha, antes mesmo de se tornar o aprendiz do Mestre das Águias. Este conto também foi publicado no primeiro volume da série “Imaginários”.

Saga de Thorold – Aqui conhecemos a história do Conselheiro Thorold de Grimdale antes que ele chegue a Vrindavahn. Junto com seu irmão Karl e um grupo de guerreiros, ele é enviado à Ilha dos Ossos em busca de algo que pode representar a cura para seu tio, um nobre das Terras Geladas, o que o leva a uma aventura repleta de perigos e maravilhas. Talvez a melhor escolha para quem gosta de histórias do tipo “quest” e um enorme bônus para os que lerem “A Ilha dos Ossos”.

Em Nome de Thonarr – Padraig foi eleito um dos personagens favoritos pelos leitores de “O Castelo das Águias”. Aqui ficamos sabendo o que o levou a se tornar um aprendiz na Escola de Artes Mágicas – e vemos como Kieran foi expulso de uma taverna por uma mulher de caçarola em punho.

O Fogo Interior – Outra história de aprendiz, desta vez o meio-elfo Razek, manipulador do fogo e cabeça-quente por natureza. Uma curiosidade: este é o único conto, até agora, onde se delineia um triângulo amoroso.

O Jogo do Equilíbrio – Aqui saímos das Terras Férteis e vamos a Pwilrie, no Leste de Athelgard, onde o saltimbanco Cyprien faz o que pode para criar seu filho sozinho, pôr comida na mesa e escapar de um complô montado contra ele por um membro da elite da cidade. Um conto leve e bem-humorado, mostrando o cotidiano de um grupo de artistas talvez meio trapaceiros, mas unidos e de bom coração.

O Castelo das Águias – Este é o primeiro livro da saga, narrado por Anna de Bryke. Mistura romance e aventura e é uma boa introdução ao universo, explicando um pouco sobre as regiões, as raças, a religião e a política.

Um Estranho Equinócio – Trata-se de um “whodunit” inspirado pelos contos de detetive ambientados na Idade Média. É bem curtinho, e o único que se passa no período “entre-romances”, mas não “entrega” nada que a sinopse de “A Ilha dos Ossos” já não tenha revelado; e, se ficamos sabendo que Anna e Kieran se casaram, por que não ajudar Urien a descobrir quem desejava envenenar o Mestre das Águias na véspera do enlace? 🙂

A Ilha dos Ossos – O segundo livro da saga, narrado por Kieran de Scyllix. Passa-se alguns meses depois de “O Castelo das Águias” e deixa o cenário do primeiro livro para se aventurar no Oeste de Athelgard, entre pântanos, castelos malditos (o dos Vannovich, mostrado em detalhes em “A Voz do Sangue”) e, claro, a Ilha, cheia de piratas e outras surpresas.

Como veem, Athelgard tem de tudo: romance, humor, política, mistério, terror, fantasia e aventura. Espero que vocês visitem esse universo, voltem sempre e tragam seus amigos. Todos são bem-vindos para fazer parte da saga!

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