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Airton Marinho conta como escreve seus roteiros criativos

airtonCom trabalhos publicados em diversas coletâneas e um álbum a caminho, Airton Marinho é um dos mais produtivos roteiristas da Editora Draco. Com uma versatilidade que poucos dominam, entre seus trabalhos estão HQs de ação, aventuras escapistas e macabras histórias de terror.

Por essas e outras não poderia faltar uma entrevista com o Cabra! Batemos um papo com a criatura e descobrimos de onde saem as ideias altamente criativas de suas histórias.

Confira:

1- Como começou sua trajetória como roteirista e editor de quadrinhos?

Airton: Desde 1996 que eu venho escrevendo roteiros de quadrinhos, mas de forma muito amadora. Naquela época, não existiam editoras que apostavam em roteiristas, então guardava os roteiros no computador, sem ter oportunidade de mostrar a algum profissional. Em 2012, resolvi fazer o curso de roteiro com o André Diniz na Quanta Academia de Artes. Entre os alunos, estava o Raphael Fernandes que era editor da MAD e estava começando a editar quadrinhos para a Draco. Resolvi mandar um roteiro para a coletânea Imaginários em Quadrinhos Vol. 02 e ele gostou. A partir daí, não parei mais de fazer roteiros.

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Em 2016, fui editor do Gibi Quântico 02, usando as experiências que tive como editor-assistente do Gibi Quântico 01 e como colaborador da Draco. Posso dizer que foi uma ótima experiência para se ter uma ideia do quão trabalhoso é montar uma HQ independente do zero (analisar os roteiros, buscar desenhistas, cobrar autores, negociar orçamentos com gráficas, etc.). Depois disso, passei a dar mais valor aos que penam pelo caminho da publicação independente.

2- Quando estava preparando a série Cabra D’àgua, quais foram as suas inspirações?

Airton: Dragon Ball e One Piece. Gosto muito das lutas de Dragon Ball e dos personagens malucos de One Piece. Juntei tudo isso com a vivência e experiência que tenho do sertão nordestino pra criar o Cabra D´água. E também um pouco da banda Cordel do Fogo Encantado. Algumas músicas dessa banda são perfeitas para uma trilha sonora das histórias do Cabra D´água.

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3- Na hora de escrever um roteiro, como os que fez para O Rei Amarelo, O Despertar de Cthulhu e Imaginários em Quadrinhos 2, qual é o seu processo criativo?

Airton: Meu processo criativo é muito simples: fico dias sem ouvir música ou ler qualquer coisa, pensando massivamente em criar algo maligno e violento. Deixo a mente livre pra pensar sem freios e sem medo na história. Mas, às vezes, a ideia vem de um lugar totalmente inesperado. Por exemplo, a história que escrevi para o “Despertar de Cthulhu” veio a partir da palavra “macio” que ouvi na televisão, onde um homem dizia que o câmbio de tal carro era macio. E quem ler, verá que “câmbio de automóvel” não tem nada a ver com a história. Minha cabeça fez um link absurdo com isso e eu não faço ideia de como isso aconteceu.

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4- Você tem uma escrita muito versátil e produz horror, aventura infanto-juvenil e violência extrema com certa facilidade. Isso tem a ver com suas leituras?

Airton: Acredito que sim. Gosto muito de ler Edgar Allan Poe, Eiichiro Oda, Akira Toryiama, Eduardo Kasse, Bernard Cornwell, Juscelino Neco, Warren Ellis e Garth Ennis. Principalmente o Ennis. Com ele, aprendi que nem toda a morte é trágica e algumas são até divertidas.

5- O que podemos esperar das suas próximas HQs para a Draco?

Airton: Quero ser o único roteirista a participar das três publicações da trilogia do horror cósmico da Draco. Então, já estou calibrado na maldade pra escrever um roteiro maligno pra próxima coletânea dos Demônios da Goétia. Tem também uma HQ de 60 páginas do Cabra D´água, participações em algumas coletâneas ainda não anunciadas e uma HQ de 60 páginas com temática urbana e muito humor negro.
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6- Poucos sabem, mas você é o cara que faz a primeira triagem das hqs enviadas para as coletâneas. Dê 5 dicas infalíveis para que o roteiro de alguém seja aprovado.

Airton: Hehehe… vamos lá então:

1 – Faça um resumo bem escrito de sua história e revise-o. Deixe a leitura fácil e instigante para o leitor.

2 – Esqueça sua primeira ideia. Ela é ruim. Repense e melhore essa ideia ou faça outra. Tente juntar duas ideias para formar algo original.

3 – Evite os recordatórios (tarja, legenda, sei lá qual nome que você dá aquilo). Use-os com moderação.

4 – Tenha uma atenção extrema aos diálogos. Não os deixe muito longos e ou muito chatos. Coloque personalidade nos diálogos, algo que só aquele personagem diria.

5 – Leia atentamente o anúncio da coletânea no blog da Editora Draco. Leia os autores e as obras que são citadas como referência. Fazendo isso, você terá uma noção melhor do que a editora pretende publicar.

Raphael Fernandes
Raphael Fernandes
é o editor de quadrinhos da Draco.

3 Comments

  1. Maickson Alves disse:

    Show de bola ^^ Adorei as dicas e principalmente as dicas sobre como melhorar as chances de passar pela triagem das coletâneas.

    Respirei fundo quando lembrei que reduzi 90% dos recordatórios do que enviei para a Coletânea Cyberpunk ^^ . Pelo menos nisso acho que não pequei ^^

    Grande post! Abraços aos envolvidos 😛

  2. Juliano Oliveira Kaapora disse:

    Uoou! Muito legal sua trajetória e valeu pelas 5 dicas para roteiro. Tenho estudado e pretendo me aperfeiçoar na arte da escrita para, futuramente, quem sabe, colocar no papel algumas idéias em forma de quadrinhos. Parabens, Cabra Marinho D’água! Tenho acompanhado seus trabalhos. PARABÉNS!