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Monstros Gigantes – Kaiju — Como escrevi "Spaycy"

Eu não tinha nenhuma chance de mandar contos para seleções de antologias porque quando estava satisfeito com a história que ia escrever para o tema proposto, o livro já estava nas livrarias. Eu demorava muito para imaginar uma história que me convencesse e interessasse e, depois de criá-la, tinha um processo muito metódico e lento para realmente colocá-la no papel (virtual). Quando não seguia esse processo, sentia que o resultado final era pior.

Buscando contornar essas dificuldades, me inscrevi num curso on-line com Mary Robinette Kowal, autora americana de FC e fantasia, que foca exatamente em agilizar o processo de escrita. As aulas eram via Google Hangout, com mais 8 alunos. Pelo meio do curso tínhamos que escrever um conto completo do zero em um curto espaço de tempo. A orientação era não ter nada iniciado, nem a ideia.

Lá fui eu para a página da Draco ver quais antologias que estavam com seleções abertas e vi que “Samurais x Ninjas” e “Monstros Gigantes – Kaiju” tinham prazos compatíveis com o curso. Fermentando as ideias por um tempo, cheguei à proposição básica de contar a invasão de um kaiju que não fosse um monstro costumeiro.

Decidi que queria um cenário conhecido, escolhi a praia de Copacabana e planejei abusar do Google Street View para criar as cenas em lugares reais. Também queria focar em como uma pessoa comum lidaria com uma invasão de um kaiju. Resolvi que seria um garoto, vendedor de picolés na praia, que ainda tem que cuidar da irmãzinha menor.

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Nessa época tinha acabado de ser publicada a edição especial “Women Destroy Science Fiction” (Mulheres Destroem a Ficção Científica), da revista Lightspeed. Foi uma edição enorme, completamente criada por mulheres, e que estava sendo muito elogiada, promovendo a discussão sobre a inclusão feminina na FC. A carapuça serviu e mudei o vendedor de picolés para uma menina.

Escrevi a primeira versão (em 4 horas!) e submeti à turma, que me deu várias dicas e me estimulou a deixar a protagonista ainda mais sacada e corajosa do que já era. Levei uma versão mais revisada para minha oficina literária brasileira e recebi toneladas de sugestões. Com o prazo terminando, defini os pontos principais que conseguiria revisar e, indeciso entre diversas alternativas de títulos que havia listado, acabei ficando com o mais simples e direto.

Agora estou curioso com a sua opinião. Me conta depois o que você achou da “Spaycy”.

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