A ideia para o meu conto na antologia Monstros Gigantes – Kaiju nasceu da conjugação de uma série de elementos e personagens convergentes de outros contos publicados em diversas antologias, dentre elas, Vaporpunk e a ainda inédita Dinossauros, ambas da Draco.
Comecei situando a história em um mundo steampunk, no Império do Brasil de Dom Pedro II, emprestando personagens reais como Santos-Dumont e seus ágeis ‘Aves de Rapina’, que aparecem no conto “Notícias de Marte”, da antologia Vaporpunk.
Definido o cenário, imaginei a cena tokusatsu-vitoriana de um kaiju enfrentando aeroplanos e dirigíveis, e decidi que as referências nipônicas teriam sua contraparte tupiniquim – um elemento cultural que habitualmente insiro nas minhas histórias de ficção científica, como fiz nas antologias Erótica Fantástica (Draco) e Contos Imediatos (Terracota).
Para tanto, e partindo do título que prometia confronto entre um kaiju nipônico e um lagartão nativo, emprestei o nome dos meus “teju-açus” (“lagartos grandes”, da mitologia indígena brasileira), que usei no conto “Bandeirantes & Dinossauros”, em que os desbravadores politicamente incorretos da história colonial brasileira tinham uma Bandeira jogada num Mundo Perdido pré-histórico (Dinossauros, antologia inédita da Draco).
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Para desenvolver a trama por trás do duelo dos monstros, e fazendo um contraponto mais suave e delicado junto aos leviatãs, resgatei também do nosso folclore a heroína indígena Irecê – que tenta deter o invasor kaiju em ataque à capital do império, um Rio steampunk.
Por trás desse ataque estão os vilões da história, os kaijins, mestres e criadores de kaijus, seres anfíbios egressos de outra dimensão e de outro conto steampunk, “Nômades da Névoa” (de SOS – A Maldição do Titanic – Literata), a quem os tupis chamavam ipupiaras, “demônios do mar”.
Os kaijins haviam raptado a valente Irecê, a treinado e transformado numa kaijin humana, para ser a quinta coluna de sua invasão extradimensional – mas a indiazinha rebelde aprendera como criar, dominar e lutar com seu próprio monstro gigante.
E assim nasceu “Teijuaçu contra Kaiju”.