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Monstros Gigantes – Kaiju: Como escrevi “O melhor amigo”

Não costumo escrever fantasia nem ficção científica, então para essa coletânea eu escrevi um conto que está mais para o lado da comédia e do coming-of-age (tem equivalente pra isso em português?). Outra coisa é que sou primeiramente cineasta e roteirista, então escrevi algo com estrutura e elementos comuns em filmes, como o personagem que muda por causa da “lição” que aprendeu durante a historia.

Eu sabia que queria que o monstro na história tivesse consciência de que era um monstro, então tive a ideia de escrever sobre um cachorro que vira monstro para ajudar o dono. Inicialmente, a ideia era mostrar como Rex, o Shih Tzu, virava o monstro, mas por questões de espaço essa parte ficou de fora. A história era que todo cachorro em algum ponto de sua vida tem direito a um desejo, que ele pede aos seus ancestrais, para ajudar seu dono. O desejo de Rex foi virar uma criatura ameaçadora porque sabia que seu dono, Mateus, só sairia da inércia na marra.

Decidi que o cachorro seria um Shih Tzu porque a historia foi baseada no meu próprio cachorro, também dessa raça. Não sei se outros também são assim, mas meu cachorro tem mais personalidade que muita gente que já conheci – ele só come o que quer e a hora que quer, quando colocado em algum lugar ele sai de lá imediatamente, já que não foi ele que escolheu deitar ali, e ele sempre parece saber o que está acontecendo ao seu redor. Ao mesmo tempo, é um cachorro muito carinhoso, do tipo que está sempre ao seu lado. Achei interessante Mateus ser um jovem sozinho mas que no fim descobre ter um amigo muito mais leal do que poderia ter imaginado.

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Quanto à aparência do monstro, sempre comparam meu cachorro ao Chewbacca (e parece mesmo!), então fiz questão de mencioná-lo na primeira descrição de Rex pós-transformação. Imaginei mesmo um Chewbacca enorme, mais demoníaco, mas que também tivesse escamas pelo corpo, como se fosse uma mistura disso com Godzilla (aliás, o título do conto inicialmente era “Dogzilla”, mas eu decidi que não queria revelar o que aconteceria logo no começo).

A última curiosidade é que a Copa do Mundo no Brasil estava acontecendo quando comecei a escrever, então implementei isso na história. No primeiro rascunho, tudo acontecia em um dia de jogo, no meio da confusão de turistas e torcedores, e o medo de fogos de Rex (meu cachorro quase morreu durante os jogos) era o que fazia Mateus sair da casa de Soninha para procurá-lo. Porém, o tempo passou, o Brasil perdeu de 7 a 0 então pra não mexer na ferida eu decidi tirar esse aspecto da historia. Ainda bem, né?

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