Antes de tudo, deixe-me dar um overview sobre a série: é uma fantasia histórica medieval, que se inicia no século X (até agora) e se passa principalmente na Inglaterra, Irlanda, França e Itália (até agora também, rs).
Tem como protagonistas e personagens principais, imortais bebedores de sangue (vampiros? Bem, não e sim, veja mais no post Por dentro da Série Tempos de Sangue), que ganharam o dom das trevas – nem todos veem isso como um dom, mas não irei dar spoilers 😉 .
“Onde a morte está, eu não estou. Onde estou, a morte não está. Por que me preocupar?”- Lucrécio
E é sobre essa imortalidade que queria falar um pouco com você. Meus personagens “teoricamente” podem viver para sempre, são imunes às doenças e muito resistentes, contudo, não são invulneráveis: eles podem ser feridos gravemente, o que leva um longo tempo de recuperação e podem até mesmo morrer sob certas circunstâncias.
Apesar de terem sentidos e reflexos muito mais aguçados do que os mortais, eles caem em emboscadas, são trancafiados, agredidos, enfim, sofrem dos mesmos problemas – em menor escala, claro – de quando eram homens e mulheres.
Por quê?
Exatamente pelo que eu disse acima: por terem sido homens e mulheres, falhos, vulneráveis, instáveis, fisicamente e mentalmente.
“A morte não é o sono eterno. […] A morte é o início da imortalidade!” – Maximilien Robespierre
Eu quis, nessa série, desenvolver uma fantasia realista, tanto em termos de cenários, costumes, caracterizações – obrigado Antonio Luiz M.C. Costa e Ana Lúcia Merege pelo apoio e instruções fundamentais – quanto em relação às identidades e personalidades dos indivíduos – obrigado Erick Sama por sempre me exigir e desafiar nesse quesito.
Durante o processo de planejamento da escrita pensei: Ok, ele (ou ela) se tornou imortal, mas não se esqueceu da vida pregressa. Ou melhor: sua vida apenas mudou em uma inesperada ruptura, porém houve a continuidade.
Memórias, motivações, medos, fraquezas, virtudes, todas essas condições e condicionamentos permaneceram. E ao longo dos séculos tudo isso vai se moldando à nova existência imortal. É uma evolução pela qual todos nós passamos.
“Há na terra uma única ideia superior: a da imortalidade da alma humana, pois todas as outras ideias superiores de que o homem pode viver, nascem somente dessa ideia.” – Fiódor Dostoiévski
Trabalhar com personalidades me fascina: é uma criação abstrata que precisa ser muito verdadeira, tão verdadeira que seja capaz de convencer o leitor sobre a identidade dos personagens.
Um bom personagem é aquele que faz o leitor se afeiçoar, odiar, sentir algo. Por isso tentei me desvincular de imortais invulneráveis.
Enfim, a Série Tempos de Sangue (O Andarilho das Sombras, Deuses Esquecidos, Guerras Eternas e o quarto livro que sai ainda em 2015) é um trabalho que me desafia diariamente, mas acima de tudo muito prazeroso.
Espero que você, leitor, sinta-se tão bem lendo como eu me sinto escrevendo.
Obrigado e até mais!
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Obrigada, mas eu não fiz nada além de apontar caminhos que vc acabaria descobrindo sozinho. O resto foi por conta do seu talento e dedicação!