Uma vez, ao ler uma reportagem, vi que o jornalista dizia que bandas como Iron Maiden, Rolling Stones e AC/DC eram apenas “repetições” deles mesmos, que muitas músicas soavam parecidas demais, sem criatividade.
Em primeiro lugar como um produtor de conteúdo, respeitei totalmente o direito do profissional dizer o que pensava, afinal, essa é uma das poucas liberdades que ainda temos.
Como ouvinte de rock e fã das bandas eu discordei do seu ponto de vista – novamente acho vital termos essas liberdades asseguradas.
Algumas músicas podem ser parecidas, contudo, não destoam da identidade dos artistas e são executadas com competência. São tocadas com satisfação e tesão, o que é tão importante quanto.
Porque na literatura acontece o mesmo. Nós escritores também produzimos “peças criativas” e, em alguns casos, muitas delas abordam o mesmo tema.
Vou usar o meu exemplo: gosto muito do medieval e das guerras, então os meus livros e contos são sobre esses temas. Agora, há uma diferença: o tema é recorrente, a abordagem é nova.
Assim como as bandas citadas acima – lógico que guardadas as devidas proporções –, eu também estou construindo a minha identidade e escrevendo sobre o que realmente me faz sorrir.
Vejo muitos escritores se aventurando sem qualquer tesão e motivação por temas diversos apenas para “ampliar” o leque de assuntos abordados. Não acho que é isso que torna as carreiras mais ou menos completas. Aliás, quero a sua opinião sobre essa postura!!!
Se ama terror, cause taquicardias!
Se ama drama, dê lucro para as fábricas de lencinhos de papel!
Se ama guerras, faça os ossos estalarem e o sangue esguichar!
Se ama fantasia, crie mundos e deixe as mentes viajarem nas suas histórias!
Encontre as suas verdades e, antes de tudo, alegre-se você com o seu projeto.
Enfim, sempre que inicio um trabalho, seja junto a um cliente ou na literatura, quero oferecer o melhor de mim. E, para isso, preciso estar feliz com a tarefa.
Pois acredito que quem atua de forma apática e sem pensar em excelência não tem mais espaço no nosso exigente mercado contemporâneo.
E você, o que me diz?
Até mais!
3 Comments
George Romero fez vários filmes bastante diferentes utilizando o mesmo tema: zumbis. Então, creio que esse texto é bastante válido!
Escrevo sobre o que sinto fluir nas minhas veias, não sou escritora consagrada, continuo meu caminho sempre buscando dar o melhor de mim na escrita, não me interessa acompanhar “modismos”, sou o que sou, mas claro que busco aprimoramento todos os dias.
Faça você o que sente arrepiar a pele, esse é o caminho da escrita perfeita!
Eu concordo, tenho praticado isso, tanto que Athelgard ainda vai render muitas histórias. Mas também gosto de me aventurar por outros caminhos e neles deixar a minha marca.