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O seu livro é um produto atraente?

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Vá a uma livraria e verá que existem dezenas – ou centenas – de títulos que abordam o mesmo tema do seu livro.

Acesse livrarias virtuais e você será inundado por ofertas, opções e variedades. Ou seja, a gama de produtos apresentados é imensa.

Então, por que os leitores devem comprar especificamente o seu livro?

Porque é bom!

Ok, pode ser excelente, magnífico, mas será que o leitor tem essa percepção?

Eu sempre digo que não existe concorrência no mercado literário. E reafirmo isso, pois um leitor pode gostar de diversos autores que escrevem sobre o mesmo tema.

Contudo, há a questão da marca: quantas vezes não compramos um livro porque já conhecemos o autor e gostamos do estilo? Quantas vezes compramos livros por indicação de alguém ou algum veículo que confiamos?

Assim a construção da autoridade é muito importante, principalmente para autores iniciantes. É um trabalho longo, difícil, mas necessário. E gratificante a cada resultado alcançado.

Outra etapa a ser trabalhada em paralelo é a “transformação” do livro em um produto atraente.

Como?

Instigando a vontade do público em lê-lo.

Pense em algum produto reconhecido no mercado. Pode ser um smartphone, uma roupa, um alimento, enfim, qualquer um.

Por que as pessoas comprar o tal produto e não o outro, até mesmo se ele for mais caro?

Percepção de valor, qualidade agregada e uma bela publicidade em torno dele.

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Analogia: seu livro deve parecer ser feito de ouro para atrair a atenção dos leitores.

Quais são os meus diferenciais competitivos?

O primeiro passo é conhecer em detalhes a sua obra, não somente a história, mas sim o contexto além da história. Exemplo: há vários trechos que lembram aventuras de RPG. Outros trechos têm questões psicológicas que lembram tal série de TV. Ou ainda a capa foi inspirada pela música tal de tal banda.

Todo esse conhecimento proporciona artifícios interessantes e que serão trabalhados na comunicação e na publicidade do produto.

Lembre-se: publicar é apenas o começo, a parte “difícil” acontece depois.

Diga-me com quem andas…

O segundo passo é conhecer muito bem o seu público-alvo. Quanto melhor ele for definido, mais focadas ficam as iniciativas.

Esse estudo é importante para criarmos uma comunicação eficiente, que não fique artificial e que, acima de tudo, traga conteúdos interessantes para as pessoas.

Planejamento estratégico

Uma guerra nem sempre é ganha por quem tem o melhor exército e os melhores armamentos.

Os famosos blockbusters têm um aparato comercial muito grande e investimentos altos para suportar as campanhas.

Mas nós temos a nossa criatividade e as mesmas ferramentas que eles dispõem, como as redes sociais.

Só que no caso, seja pela falta de orçamento ou talvez pela falta de abertura nos veículos de comunicação, temos que usar as táticas de guerrilha, ao invés de trabalhar no modelo de batalha “formal”.

Não temos como “forçar” a nossa entrada por meio de divulgação de massa, mas podemos conquistar um público fiel e que dissemina o nosso trabalho interagindo primeiro com quem está ao nosso redor e depois aumentando a espiral. Falei sobre isso nesse artigo: Trabalho bem feito, público interessado.

E finalmente…

Assim, tendo o produto conhecido nos mínimos detalhes, o público-alvo corretamente parametrizado e iniciado as táticas de guerrilha e a interação proativa, chegou o momento de tornar seu livro algo atraente, irresistível.

Uma boa prática são as famosas “iscas”, com as quais você dá uma degustação do que o leitor vai encontrar.

Pode ser por meio da apresentação de um trecho marcante, da criação de um conto spin-off, da ilustração dos personagens, de teasers e vídeos relatando cenas e diálogos ou da criação de artes como tenho feito na fan page da Série Tempos de Sangue.

E os resultados tem sido surpreendentes.

Dica final: não se desespere se as vendas (ou o volume de vendas) demorarem a crescer. O processo é lento. O importante é solidificar a marca e sempre trabalhar o livro de forma natural – orgânica –  a fim de gerar primeiro o reconhecimento, depois a venda de fato.

Vamos juntos nessa?

Até mais!

2 Comments

  1. Nilton Braga disse:

    Boas dicas!

  2. Adecio Chaves disse:

    Como sempre, um ótimo texto, muito esclarecedor!