Eles saem silenciosos em fila indiana pela pequena escada até a garagem. Dimas primeiro, seguido de Bruno e Anabela. Gago vem logo atrás, com a expressão de quem está tentando suportar muita dor. Antes de chegarem aos carros ouvem barulhos estranhos vindos do lado de fora – gritos, correria generalizada, buzinas, pneus cantando e até colisões. Dimas olha para Gago com o semblante inalterado. Habituado a situações extremas, acena com a cabeça. Em um instante ambos sacam suas pistolas.
A ideia inicial de “A Prova” é completamente diferente da que vai ser apresentada no livro. Tudo começou como uma grande brincadeira, uma salada de situações e personagens. Algumas tramas muito engraçadas, outras mais sombrias. O desenrolar natural do enredo acabou por dizimar os personagens desnecessários. Josué, que apareceria no final da história, por exemplo, foi o último a ser excluído. Precisei inclusive modificar o título do conto, que originalmente seria “A Causa”.
A proposta de “A Prova” é armar uma situação em que a trama fosse independente e inusitada. Tentei ser sucinto na narração dos acontecimentos, dado o tamanho reduzido do conto, mas creio que algumas cenas precisavam ser mais profundamente descritas. Após os cortes na revisão ainda vi que a história continuou bem interessante. Espero que a apreciem.
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