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Visões distintas podem ajudar a enriquecer a história

Nós autores ficamos tão envolvidos nas nossas criações, mundos e personagens que, muitas vezes, as leituras ficam viciadas e focadas em somente uma perspectiva. Por isso, ter leitores-beta é muito interessante.

Afinal, a cada leitura uma nova interpretação.

No mundo corporativo, temos os consultores e os analistas que ajudam aos profissionais a “enxergar” novos panoramas e conceitos sobre determinado projeto. E desse trabalho em conjunto podem surgir boas soluções. Muitas inovadoras, inclusive.

Na literatura funciona exatamente do mesmo jeito. Apenas muda o objeto de análise, o produto – sei que muitos autores odeiam chamar suas histórias de produto, mas essa é a verdade.

A visão de terceiros traz abrangência e pode dar fôlego para cenas truncadas.

trecho_novo_livro

Uma das observações feitas sobre uma nomenclatura do meu novo livro

Mas isso não pode fazer a minha obra perder a identidade.

Não! Ou melhor, depende da sua postura.

Lógico que leitores-beta e editores, por mais experientes e experimentados que sejam, não são deuses. Então, cabe aos autores buscar o equilíbrio, com bom senso e sem “mágoas”.

Não é porque alguém critica isso ou aquilo do seu livro que essa pessoa odeia o seu trabalho.

Eu tento encarar sempre como “novas ideias para evoluir o meu texto”. Melhor, não é?

Tanto no O Andarilho das Sombras, quando nos meus contos e agora no segundo livro da Série Tempos de Sangue – será que já posso revelar o título? – sempre tive muita interação com leitores-beta e o meu editor a fim de aparar as arestas e deixar a histórias com uma cadência interessante.

E um dos leitores foi o ilustríssimo Antonio Luiz M. C. Costa. E quem o conhece deve imaginar os relatórios que recebi!

Enfim, sobrevivi e agradeço por ter tido essas visões distintas, pois foram muito importantes para a evolução do meu trabalho.

Até mais!

0 Comments

  1. Mohanad Odeh disse:

    Boa Kasse.
    Partilhar do projeto enquanto são desenvolvidos os rascunhos pode ser doloroso no modo artístico de se pensar, mas os resultados são favoráveis quando o livro ainda é um produto.
    Pontos que considero importantes quanto a acatar os comentários dos leitores-beta são:
    -Deixar claro que nem tudo será revisto. Advertir que não existe amizade durante esse processo, por mais que tenham bibliotecas mezzo-compartilhadas
    -Buscar perfis diferentes. Não somente os leitores que consomem assiduamente o gênero que está escrevendo. A intenção não é para criar algo que agrade a todos, mas ter a noção se você está deixando tudo no modo “hard” ou apenas água com açúcar
    -Persuadir por mais detalhes quando receber uma resposta do naipe de “tava legal esse capítulo”. E abstrair as firulas quando receber uma tese à la Harold Bloom
    -E nunca replicar de primeira, por mais estúpidos que sejam os comentários ou críticas. Repensar os retornos com mais calma em outro momento não lhe deixará esquizofrênico

  2. Patricia Loupee disse:

    Desde sempre adorei ter mais alguém que pudesse ler as minhas histórias – não apenas elogiar, mas questionar e corrigir, quando necessário.
    No meu livro atual – um dia eu termino – tenho dois excelentes betas, cada qual com visões bem distintas. As vezes elas se defrontam, diretamente, e me deixam meio confusas, mas tendo a ponderar e fazer com que essas duas visões complementem e direcionem a minha ^^

  3. Ana Lúcia Merege disse:

    Também estou no aguardo de feedback por parte da minha leitora crítica. Dá um friozinho na barriga mesmo! Mas é muito proveitoso.