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Como escrevi Orlando e o Escudo da Coragem

Infantojuvenil - Orlando e o Escudo da Coragem

Este livro foi o resultado de uma vontade que começou imprecisa: a de escrever mais infantojuvenis que, a exemplo de “Anna e a Trilha Secreta”, mostrassem personagens na faixa dos 11-13 anos vivendo aventuras no universo Athelgard.

A escolha óbvia seria contar uma história sobre o Kieran, mas a infância do futuro Mestre das Águias foi marcada por uma violência que eu não queria mostrar ao público mais novo. Então, enquanto pesquisava eventos de recriação da Idade Média na internet, encontrei a foto de um jovem com um falcão no punho, que me fez pensar: “E se eu escrever um livro sobre o Orlando, que aparece criança em “A Ilha dos Ossos” e cuja família adora falcões? E se ele tiver um falcão… diferente”?

Pensando assim, fui analisar as possibilidades. Nesse livro, como em “Anna”, eu queria uma criança que fosse amada pela família, mas que ainda assim se sentisse inadequada e enfrentasse seus medos numa jornada de herói (podem torcer o nariz e dizer que o modelo está ultrapassado. Para jovens, sobretudo, ele funciona). Orlando tinha isso, e mais: ele tinha o Dom da Magia a par do desejo de se tornar um cavaleiro, o que por si só já pode resultar em muitas dúvidas e inseguranças. Além disso, eu podia explorar a relação entre ele e seu meio-irmão Lionel, que a princípio seria parecida com a de Kay e Wart em “A Espada era a Lei”. No entanto, quando comecei a escrever, a dinâmica que se impôs foi diferente, embora o conflito tenha sido mantido com base nas comparações que, inevitavelmente, seriam feitas entre essa dupla de irmãos.

Refletir sobre Kay e Wart me levou a pensar numa história em que Orlando, de alguma forma, fosse levado a tomar o lugar de Lionel, e assim surgiu a ideia de um torneio no qual o garoto enfrentaria várias provas e contendores. Quais seriam eles, e o que aconteceria no fim, foi algo que se desenhou à medida que eu escrevia; muitas ideias foram testadas e postas de lado até chegar à versão final. Personagens que teriam certa importância desapareceram ou foram apenas mencionados, e outros foram criados de improviso, como Egil – meu tributo a D. Quixote – e os caçadores Raylin e Ellak. Da mesma forma, por questões de espaço, suprimi trechos em que mergulhava mais na ambientação, falando sobre o treinamento dos falcões (li muito sobre o assunto!), as justas medievais ou, ainda, sobre as Colinas Negras e as pessoas que Orlando viu por lá.

Uma das poucas decisões mantidas até o fim foi a de ter Vesgo, o falcão, como constante companheiro de Orlando, embora ele não seja um espírito-guardião como os animais que aparecem em “Anna e a Trilha Secreta”. Digo isso porque levei algum tempo até perceber que a história de Orlando não é uma jornada xamânica; é um conto de cavalaria, como “Sir Gawaine e o Cavaleiro Verde”, ao qual este livro também faz referência (outras, além das citadas, podem ser vistas no mapa de referências do livro, inclusive a foto do rapaz com o falcão, que trouxe a ideia inicial). Por outro lado, a questão da sororidade, que é forte no livro da Anna, não aparece aqui. Em vez disso, vemos um menino tentando provar seu valor no meio de rapazes e homens feitos, e ele o faz adotando uma postura que se afasta, até onde é possível, da agressividade e da arrogância demonstrada por outros personagens.

Por fim, já que falamos em Anna, quero lembrar que, ao contrário dela, Orlando mal existia antes que eu me decidisse a escrever “O Escudo da Coragem”. O herói foi construído junto com o livro, e com eles uma nova visão do universo Athelgard. Espero que os leitores se interessem por conhecê-la.

Mapa de referências do livro

Orlando e o Escudo da Coragem – sinopse

Apenas o mais ousado descobrirá a essência da coragem

Orlando estaria destinado a ser um cavaleiro se não tivesse nascido com um talento especial: ele tem sonhos e intuições que, às vezes, o levam a trilhar caminhos improváveis. Isso o faz insistir no treinamento de um falcão vesgo, mesmo indo contra os conselhos de seu irmão mais velho, com quem todos adoram compará-lo.

Quando esse irmão viaja para participar de um torneio, Orlando o acompanha como escudeiro, aventurando-se nas terras misteriosas conhecidas como Colinas Negras. Lá, um encontro inesperado dá início a uma série de confusões, levando o menino a enfrentar desafios que não apenas exigirão força e habilidade, mas também irão testá-lo de maneiras que jamais teria imaginado.

Orlando e o Escudo da Coragem, de Ana Lúcia Merege e ilustrado por Ericksama, é o mais novo livro dedicado aos leitores mais jovens do universo Athelgard, que já conta com os romances Anna e a Trilha Secreta, O Castelo das Águias, A Ilha dos Ossos e A Fonte Âmbar, além de vários contos publicados pela Editora Draco. Acompanhe o garoto em uma busca que lhe revelará que a coragem reside nas coisas mais inesperadas.

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Site de Athelgard: O Castelo das Águias

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