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Kássia Monteiro fala sobre seu novo romance "Soberana – A ascensão da rainha de Marte"

kassia-monteiroKássia Monteiro – @falecomkassia – sempre gostou de inventar histórias. Atualmente, é escritora e jornalista, mas já foi também professora de inglês na Colômbia e guia de turismo. Autora dos contos “Capeta” e “Amor nos tempos da artrose“, ambos publicados pela Editora Draco, ficou entre os finalistas do prêmio SESC-DF de crônicas Rubem Braga 2012 e acaba de lançar seu primeiro romance. “Soberana – a ascensão da rainha de Marte” é uma releitura fantástica do clássico “Senhora“, de José de Alencar, e promete conquistar o público jovem.

Vamos ao papo?

Draco: Quais são as semelhanças e diferenças entre Liarlinde Arcandoff, sua personagem principal, e Aurélia Camargo, a protagonista de Senhora?

Acho que ambas são mulheres fortes e decididas. E ambas amam demais. Mas as duas também compartilham traços menos nobres de personalidade, como o fato de serem vingativas e duras. No fundo, elas são muito sensíveis e tentam se proteger montando essa carapaça, o que acaba fazendo com que se machuquem a si mesmas. Ah, as duas são teimosas, também. E ciumentas hahah. Mas a Liarlinde tem alguns diferenciais, como ser uma princesa mercenária e mandar empalar inimigos. 😛

Draco: Quais foram as suas referências ao escrever Soberana?

Na verdade esse livro é um mix de duas ideias: uma que tive em 2009, enquanto lia a série O guia do mochileiro das galáxias, e outra surgida após o convite da Draco para conceber a releitura de Senhora. A ideia original foi bastante influenciada pela escrita do Douglas Adams, o que fica perceptível no prólogo. No restante do livro, porém, isso foi se diluindo. Senhora, obviamente, foi muito importante. Há várias conexões entre Soberana e o livro de José de Alencar, mas eu prefiro deixar que os leitores as descubram (bora ler os clássicos também, galera!). No mais, acho que tudo que já li na vida deixou lá um pouco de sua contribuição, desde Agatha Christie até George R. R. Martin. E há referências que não são necessariamente literárias, como a luta contra o racismo, por exemplo.

Draco: E de onde veio a ideia de ambientar a história em Marte?

Eu tinha uma enciclopédia em casa, quando era criança, e parte dela falava sobre os planetas. Sempre gostei dessas coisas, e fiquei fascinada com o planisfério de Marte. Toda a geografia do planeta já tinha nome, achei isso incrível. Não inventei a nomenclatura dos lugares por onde a Liarlinde e os outros personagens passam. Posso ter mudado uma coisa aqui e ali, mas a maior parte são os nomes reais da geografia de Marte, coisas como planície Arcádia e Monte Olimpo. Outro motivo para ambientar a história fora da Terra foi fazer as críticas que eu queria fazer por paralelismo em vez de diretamente. Pensei que, observando o comportamento dos marcianos, talvez reconhecêssemos as nossas próprias falhas. Porque às vezes não conseguimos olhar para nós mesmos, mas quem sabe sentindo vergonha alheia as coisas mudem?

Draco: Deixe um recado para a humanidade

Respeitem uns aos outros, tomem suas vacinas (não queremos sucumbir à gripe como os regentes de Arcádia, queremos?) e não se esqueçam de rezar para os deuses do Monte do Pavão. ;)­­­

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