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Boy’s Love: Escrevendo “A Floresta Branca”, Márcia Souza
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Boy’s Love: Escrevendo “Reminiscência”, Priscila Barone

— Isso mesmo. E conforme o princípio da incerteza nos diz, você pode medir a posição de uma partícula, mas a própria medição fará com que ela mude de lugar, não sendo possível calcular sua velocidade. Da mesma forma, pode medir a velocidade dela, mas a medição afetará essa grandeza, fazendo com que seja impossível calcular a velocidade exata antes da medição, ou sua posição. Em outras palavras, é como se você criasse uma realidade específica para uma determinada partícula, deixando todas as outras possibilidades de lado.

 

— Exato. E fazendo uma analogia tosca, você pode saber dos meus propósitos, mas não a velocidade com que os alcançarei. E vice-versa. Sendo que a sua análise pode modificar meus planos.

 

— Você tem razão.

 

— Tenho?

 

— Tem. Sua analogia foi tosca. Que tal trabalharmos, hum? Temos muito o que fazer.

Arte de Tanko Chan

Quando fiquei sabendo que a Draco estava desenvolvendo uma coletânea com o tema Boy’s Love, corri para dar forma à história de Beto e Isaac, que já existia vagamente na minha cabeça. O texto fluiu fácil pelo papel, pois eu já tinha o início e o fim planejados. Tendo esses dois elementos, o restante praticamente se escreveu sozinho.

Gosto de imaginar como um romance entre duas pessoas do mesmo sexo se construiria em um mundo onde a homossexualidade é vista como coisa comum, e não com tantas ressalvas e violência, como ocorre na realidade. Em vista disso, o conto tem um tom leve e corriqueiro, com algumas pitadas de humor (ok, eu tentei fazer humor. Espero que vocês riam, haha). O mundo em que se passa a história é em muitos aspectos similar ao nosso. Ele faz parte de um universo maior, sobre o qual estou sempre escrevendo.

Tentei também falar sobre uma de minhas paixões, que é a física.  Não tenho nenhuma formação na área, mas acho essa ciência fascinante. Tudo o que sei aprendi lendo essa grande internet de meu deus e qualquer erro ou inconsistência, já me adianto em pedir perdão!

Usei, conscientemente, o mito de que a quântica pode ser influenciada pela força do pensamento, embora isso não tenha nenhum embasamento real. Físicos de plantão, não se enfureçam! =D

Sempre quis ler uma história que misturasse homoafetividade e ciência, pois não é muito comum encontrar esses dois temas juntos. Reminiscência é minha contribuição.

Então, por favor, acompanhem os jovens cientistas em sua aventura improvável através de laboratórios e geringonças de usos estranhos!

boys_love

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0 Comments

  1. Tanko disse:

    Dá pra ver que a Priscila se esforçou e fez o dever de casa com os conceitos de física… ou ao menos convence muito bem a leiga aqui! E concordo com o Fabio, ninguém sabe de nada… portanto eu considero o conto ficção científica hard, ahahaha!

    O clima quase caricatural da história me chamou muito a atenção, além do já comentado excelente desfecho. =)

  2. Rubem Cabral disse:

    A mistura de física e essa leveza do humor me parece muito interessante! Fiquei curioso para ler.

  3. Karen Alvares disse:

    Eu adorei o final desse conto, é surpreendente! O_O Parabéns!

  4. Fabio Baptista disse:

    Priscila, também tenho muito interesse por física. E todo o meu vasto (*cof cof*) conhecimento na área foi conseguido na Internet e na revista Superinteressante! kkkkkkk

    Ah, e naquelas séries do History Channel também, que tem um professor japonês engraçado! 😀

    Posso estar errado, mas a impressão que tenho é que na verdade ninguém tem muita certeza sobre nada! Tipo os nutricionistas que um dia dizem que tal coisa faz bem pra saúde e no outro dizem que a mesma coisa dá câncer no pâncreas.

    Enfim… na expectativa para ler o seu conto! 🙂

    Abraço.